Depois
da lamentável confirmação obtida na última reunião da Comissão Política
Nacional da decisão da direção do Partido Socialista de uma exclusão deliberada
de representantes do movimento sindical (de que um dia daremos nota),vale a
pena referir que, infelizmente, existem outras exclusões injustificadas, e que
por mais voltas que deem ao texto se resumem ao simples facto de alguém que
pura e simplesmente pretende ocupar um lugar até aqui ocupado por outro/a
camarada/s. Ora bem como num lugar não cabem dois/duas, o melhor é arredá-lo/a
das listas! Não estamos a falar, obviamente, de quem pouco ou nada fez (tema de
que igualmente daremos nota posteriormente) mas de deputadas empenhadas que
cumpriram com brio o respetivo mandato.
Num
contexto de coerência e de credibilidade, enquanto militante de um
partido de esquerda – o PS - cabe aqui trazer o lastimável caso de duas
deputadas mães de crianças de tenra idade que durante 4 anos contribuíram muito
positivamente para os êxitos do Grupo Parlamentar, trabalhando e
evidenciando-se quer ao nível do trabalho na Mesa – Sandra Pontedeira – quer ao
nível das comissões a que pertenceu (Trabalho e Segurança Social e Assuntos
Europeus) – Carla Tavares, nunca se negando, quer uma quer outra, a
representar o Partido em intervenções para que foram solicitadas ou noutra
qualquer função. A primeira erradicada da lista e a segunda colocada em lugar
dificilmente elegível. Duas deputadas que durante todo o mandato carregaram com
os respetivos filhos, de quem cuidaram longe da família, sozinhas e sem ajuda,
cumprindo com mérito o mandato para que foram eleitas, apenas porque outros/as
queriam agora ocupar estes lugares. Será assim que o PS que tanto fala em
demografia e natalidade, encara o problema? Que tal passar a pensar nas
mães-deputadas e no seu valor?
Para
quando, finalmente, atender ao mérito com que cada um/a de nós exerceu o seu
mandato como critério prioritário para merecer integrar determinada lista de
candidatos?
Já
tarda!
Wanda Guimarães