Quantas vezes
temos ouvido, ao longo dos anos que já não faz sentido algum este tipo de
comemoração e, no entanto, nunca como hoje faz tanto sentido lembrarmo-nos da
coragem das mais de cem operárias fabris que, em Nova Iorque, lutaram e
morreram por uma causa. Defendiam uma vida melhor, dignidade no trabalho e
democracia na fábrica onde trabalhavam.
Saudemos, pois, nas mulheres ucranianas todas as mulheres do mundo que afrontam com coragem os obstáculos e não desistem de lutar por uma vida melhor.
Nas ruas, nos campos, de armas em punho ou a darem à luz nas estações do metro, em fuga com os filhos nos braços, cada uma à sua maneira luta por preservar a identidade ucraniana.
Muitas já com
vidas instaladas noutros países, regressaram sabendo o que estão a arriscar
debaixo das bombas e dos misseis russos, que desafiando todo o direito
internacional, atingem sem compaixão alvos civis.
Quando
olhamos as imagens da guerra, violentas e cruéis, em todas elas vemos mulheres
que corajosamente enfrentam um quotidiano incerto e perigoso. Aliás já se
começa a ouvir falar de violações perpetradas por soldados russos. Mulheres, crianças e pessoas mais velhas, os
mais vulneráveis, são muitas vezes os alvos preferenciais dos agressores e as
suas principais vítimas.
Recordemos
para sempre este 8 de Março. Recordemos com emoção as mulheres anónimas que na
Ucrânia todos os dias arriscam as suas vidas com determinação e coragem . E
também todas aquelas que, forçadas por uma guerra indecente, deixaram as suas
casas e os seus entes queridos em busca de um pouco de paz.
GLÓRIA À
UCRÂNIA!
8 de Março de 2022
Wanda Guimarães