Estará a nossa sociedade hoje tão diferente após 26 anos?
Neste Dia Internacional da Mulher recordamos as palavras de Sua Excelência, o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, na sessão de abertura da Conferência das Mulheres da CES, à data de 17 de Fevereiro de 1997
"Senhor Secretário-geral da CES
Senhora Presidente do Comité de Mulheres ds CES
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
A minha participação nesta Conferência das Mulheres da Confederação Europeia de Sindicatos destina-se, em primeiro lugar, a vincar a importância que atribuo à promoção da igualdade entre cidadãos.
Os que me conhecem melhor sabem que a generalidade das questões sociais e, em particpular, os problemas da desigualdade ocuparam sempre um lugar de relevo na minha vida profissional e política"
(...)
"Minhas Senhoras e Meus Senhores,
Não creio que se possam ignorar ou menosprezar transformações tão relevantes como são a globalização dos mercados financeiros, a trasnacionalização dos processos de produção, a planetarização da competição económica, a inovação tecnológica e organizacional das empresas, as transformações dos mercados de trabalho e de emprego ou as mudanças demográficas.
Creio que tais fenómenos constituem características distintivas dos nossos dias, que há que assumir como motores da metamorfose societal em curso.
Mas nem por isso julgo que devemos tomar por aquilo que não são: sinais únicos das mudanças em curso nas sociedades contemporâneas.
Pelo contrário, julgo que existem outros traços da contemporaneidade que, apesar de muitas vezes menosprezados, são igualmente relevantes.
Refiro-me ao desemprego massivo de longa duração, à disseminação de novas formas de pobreza, às insuficiências e às ineficiências dos sistemas de educação e formação, de qualificação e emprego, de protecção e segurança social.
Sei bem que, frequentemente, este segundo grupo de características dos nossos dias são consideradas meros indicadores de problemas resultantes das mudanças económicas e tecnológicas em curso que, a prazo mais ou menos longo, seriam resolvidos pelas dinâmicas económicas em curso.
Tal concepção é, a meu ver, profundamente equívocada e insustentável."
(...)
"Não quero por isso terminar esta intervenção sem afirmar, também aqui, o meu apoio ao debate que, estou certo, se seguirá quanto ao modo de articular o reconhecimento da diferença entres sexos com o respeito pelos princípios da igualdade de oportunidades e da solidariedade.
Muito obrigado pela vossa atenção"
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